quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

... Ou é burro ou não tem arte!

Há dias passei numa livraria que habitualmente tinha uma boa coleção de livros de arte. Conhecendo-a por isso e por aí ter feito algumas compras nessa área, resolvi entrar para ver as novidades e, eventualmente aceder às tentações de consumo a nível da história da arte.
Já na livraria, estranhei não ver a secção de arte, procurei, procurei, dei voltas e voltinhas e... nada de livros de arte. Intrigada com o facto, duas explicações me assolaram o pensamento: ou deixaram de vender livros desta área de conhecimento ou então, o problema é meu e sou eu que olho, olho e estou naqueles dias em que não consigo ver o que está à frente dos olhos. Como a primeira justificação me pareceu inplausível, chamei um funcionário e pedi-lhe ajuda... 
A resposta foi derrotadora:
Oh! Minha senhora não temos nada disso, ou melhor acho que ainda temos dois livritos misturados com outros, ali para a secção da história. Antigamente, tínhamos muita coisa, uma secção enorme, mas agora... Isso não se vende. Afinal, quem é que neste país se interessa pela arte? 
Eu! Eu ainda me interesso e não gostava de pensar que faço parte de uma reduzidíssima minoria...

Por estas e por outras é que, e citando António Guterres,  os estrangeiros ainda olham para Portugal, como um país pobre e relativamente atrasado que oscila entre o complexo de inferioridade e a exaltação nacionalista.

5 comentários:

  1. Não é doido nem tem arte.
    É, tão só, mau vendedor, mau profissional.
    Há muito disso por aí.

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  2. Investe no corriqueiro...no livro que se vende, quase sempre sem qualidade.

    Beijinhos.

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  3. Sim cada vez se vê menos é verdade. Mas não pode deixar de existir tipo...

    Beijocas

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  4. É chocante ouvir uma resposta dessas. É claro que tem de haver espaço para materiais de qualidade. Se não houver, ficamos mais pobres, certamente.
    Beijinho

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  5. Também me interesso e pareceu-me triste essa forma de agir quando podiam estar a contribuir para criar novos leitores.

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