quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Não gosto que me tirem a vez...

 
Não gosto que me tirem a vez ou me tentem "passar a perna". Tenho a certeza que ninguém gosta. Não é agradável! Não fica bem! É uma falta de educação! É uma falta de respeito! É uma violação dos Direitos Humanos (agora exagerei!!). Mas, prezo cada vez mais o princípio da igualdade e na minha vidinha diária, tento sempre agir em conformidade com o mesmo. Logo, é evidente que quando sou confrontada com situações em que esse princípio não é tido em conta, não sou indiferente e quando a visada é a minha pessoa...então..."salta-me a tampa", entro em ebulição e fervo, mesmo! Hoje, no sítio onde ganho o dinheiro para o pão tiraram-me a vez, passaram-me à frente, e à conta disso fiquei sem pão, ou melhor sem lanche! Nesse mesmo sítio onde ganho o dinheiro para o pão enquanto houver crianças e jovens para atender em tempo de intervalos para lanches, mais ninguém é atendido, nem que se seja a primeira pessoa adulta a chegar. Tinha à minha frente um jovem para ser atendido, dois depois de mim e restavam apenas três croissants para quatro pessoas (convém dizer que não havia mais alimento do género para além do referido), ora, alguém ia ficar sem lanche! Quem foi? EU. Porquê? Não sei muito bem, mas posso elencar hipóteses: porque sou adulta e não estou em idade de crescimento; porque as crianças são o melhor do mundo; porque os jovens são o futuro; porque não digo palavrões e tipo, tás a ver! Mas de uma coisa estou certa, sou de carne e osso, tenho cérebro, neurónios (ainda estão no ativo), tenho cartão de cidadão e, basicamente, tenho as mesmas características físicas daqueles jovens. Como tal, julgo que aparentemente somos iguais mas a empregada de bar, certamente acha que uns são mais iguais que outros. Ou melhor, achava, porque depois da nossa conversa, acredito que deixou de achar.
 
p.s. Que fique claro: não queria tirar o alimento a ninguém, somente queria ser atendida, justa e legitimamente, na minha vez. Não gosto que me tirem a vez e mesmo que me tirem a vez, não me tiram a voz!

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