Menu do dia...home made #1

É quase uma certeza que um pouco por todo o país, numa casa portuguesa haja folar e amêndoas sobre a mesa. Das tradições pascais, salientam-se uma série de iguarias que dão colorido e sabor ao Domingo de Páscoa e que têm, na sua maioria, uma forte ligação à tradição judaico-cristã e também a rituais pagãos. Aqui fica a minha proposta: 

 

Menu do dia:

- Borrego à la carte -  o cordeiro é o símbolo de Cristo, filho e cordeiro de Deus, sacrificado em favor de todo o rebanho (Homem). Embora tido como símbolo da Páscoa cristã, o cordeiro já era muito importante na Páscoa judaica e nos cultos Teutónicos, onde era frequente o sacrifício de animais aos deuses.

- Coelho - o coelho da Páscoa é uma tradição de origem alemã. Dizia-se às crianças que os coelhos levavam os ovos e os escondiam nas ervas. Na manhã do Domingo de Páscoa as crianças tinham de procurar os ovos escondidos pelos coelhinhos. ( Será que o coelho português também escondeu os ovos de ouro num cofre de um qualquer banco...?)

- Folar pascal - A tradição do folar assenta num ritual de dádiva, solidariedade e convívio, profundamente enraizado na sociedade portuguesa. (Maria de Lurdes Modesto, Festas e Comeres do Povo Português). Significa também, o presente que os padrinhos dão aos seus afilhados pela Páscoa e os paroquianos ao Pároco da sua paróquia. O folar está ainda associado ao pão que Cristo repartiu com os doze discípulos na Última Ceia, o ovo no topo do bolo, simboliza para os cristãos o renascimento, a Ressurreição.

- Amêndoas (sortido de cores, formatos, tipos...) - símbolizam a fertilidade, a vida renovada, um velho ciclo que termina para dar lugar a outro que começa na Primavera.

 

Nesta Páscoa dediquei-me ao Folar Pascal, aqui vão as etapas (a receita é segredo...porque, é da praxe que assim seja!):
 

...a espera foi longa mas a massa cresceu... e muito!...

... prontos para o quentinho do forno...

... et voilá...

Ele voltou e o medo instalou

Ele voltou!

Ele já fez correr muita tinta e parece que vai continuar a dar que fazer a muita gente, em particular aos meios de comunicação social. O anúncio da aparição pública de José Sócrates, dois anos após a sua licença sabática, foi feita em grande estilo: altamente noticiada, comentada, criticada e até (in)desejada, levando a que novamente se escrevessem milhares de linhas sobre este regresso do filho pródigo. A entrevista dada para o canal público foi, no meu ponto de vista, marcada por dois momentos, antagonicamente diferentes mas que no fundo acabaram por se fundir num só: a melhor defesa é o ataque, lá diz o provérbio! Sócrates na sua "narrativa" foi inicialmente muito retórico fazendo uso de uma exagerada demagogia que ao fim e ao cabo se coaduna com aquilo que é o politicamente correto mas, rapidamente mudou o seu discurso e as suas palavras passaram a ter um alvo claro, direto e concreto. O Presidente da República "ouviu" o que queria e o que não queria, certamente! Ouviu e não respondeu diretamente ao dito, mas isso também não é novidade, já nos habituámos ao Silêncio do Presidente (ora, aqui está um bom título para uma biografia não autorizada do orgão máximo da soberania nacional).

Ele voltou e até há quem diga que o seu regresso foi brilhante!

Ele voltou e acho que já há muita gente com medo do seu regresso, nem sequer estou a falar de membros do governo ou de membros do partido do novo filósofo parisiense, falo dos comentadores políticos que alimentam polémicas, ditam opiniões e arriscam professias em horários nobres e com honorários não menos nobres. Sócrates fará o mesmo que todos os outros, mas com uma diferença: comenta a custo zero, com um intuito perfeitamente altruísta - contribuir para o debate público!

Uma coisa é certa, a entrevista de José Sócrates foi o programa mais visto na televisão portuguesa  e encaixa-lhe na perfeição o cliché: falem bem de mim ou falem mal de mim, quero é que falem!  E o que se tem falado... e desconfio que a narrativa não termine tão cedo.

Ovelhas...muito trendy!

Andamos todos fartos do cinzento do inverno e do negro do futuro, digo eu! Mas no meio deste quase monocromatismo, houve quem se soubesse marcar pela diferença, a diferença pela cor: foram as ovelhas da Mercedes (salvo seja!).

Este spot publicitário está do melhor! É colorido temos ovelhas cor de rosa, verdes, amarelas. cor de laranja, azuis..., é inovador, pois quebra-se com o preconceito da ovelha negra, já não há paciência para ovelhas negras  (muito menos para as ronhosas, vulgo ranhosas!) e é chique, não é para todas ser-se assim, têm classe, elegância e muito glamour estas ovelhas ou não fossem elas figurantes da Mercedes.

Muito formosas estas ovelhas e, até ouso dizer, que a Natureza relativamente à fauna ovina podia ter sido muito mais generosa com a tinta, se o tivesse sido acredito que teríamos um mundo muito mais divertido.

 

Uma coisa é certa, estas meninas ovelhas são muito trendy e até já ditam tendências pois, já houve quem me dissesse que "se eu fosse ovelha, queria ser cor de rosa!"(desculpa mana!)

Pesadelo ou censura avariada?

 

Diz quem sabe de sonhos, que o ser humano todos os dias, digo, todas as noites sonha.  Diz também quem sabe dos ditos, que os sonhos são uma forma de o nosso inconsciente se manifestar e assim atravessar a barreira da censura, mas também se diz que às vezes sonhamos com "coisitas" que vivemos durante o dia e às quais, aparentemente, nem demos grande importância ou então sonhamos com aquilo que conhecemos bem e nos perturba os dias. Quem diz sonhar também diz ter pesadelos.

Ora, é destes últimos que hoje me apraz falar, porque esta noite tive um pesadelo, tenho a certeza que foi um pesadelo!

Vejam bem que sonhei com a Moção de Censura que um partido da oposição quer fazer ao Governo. Isto é no mínimo, desconcertante...no meu pesadelo as leis tinham mudado e o Governo tinha dois anos para se pronunciar sobre o voto de desconfiança. O meu pesadelo não durou os dois anos e por isso, não cheguei a saber o desfecho da crise política, acordei antes! Mas também me parece que o desfecho está aos olhos de todos os que estão acordados.

Deste meu estranho pesadelo, posso retirar uma conclusão: não tenho por hábito sonhar (digo, ter pesadelos), com assuntos destes, se tal está a acontecer, das duas uma, ou estou a tornar-me masoquista ou então tenho que ir urgentemente ao psicanalista porque o meu muro da censura está a desmoronar-se e corro o risco dos recalcamentos saltarem o muro.

Mille punti! OBRIGADA!

Abbiamo Vinto...Mille punti (Gánhamos, mil pontos, tradução blogger, in A Vida é Bela.)

Um blogue "pequenino" que hoje chegou às mil visitas.
O meu OBRIGADA a todos os que "me visitaram" e um renovado convite para que me continuem a ler, sem vós isto não tem graça nenhuma!

Sempre a aprender...

Já lá vai o tempo em que as novelas mais não eram do que enredos amorosos com uma vilã descabelada e cruel(a) que fazia a vida negra à boazinha da fita, pelo meio tinhámos uma dondoca traída e um quarentão com manias de charme a pôr à prova a sua virilidade tentando conquistas jovens.

 

Hoje, uma novela é muito mais que isso, basta que assistamos a um ou outro episódio da novela Dancin Days para assim percebermos que temos ali um manancial de conteúdos, de utilidades, de conselhos práticos que abarcam áreas tão distintas como poupanças bancárias e associações de estudantes. Com as novelas (esta em particular), aprendemos que devemos guardar os nossos cêntimos e confiá-los a um banco que tem sempre uma solução à nossa medida, tão à medida que até nos atende num qualquer snack bar de um centro comercial, aprendemos que o processo de adoção de uma criança é rápido, fácil e até está à distância de um clique (isto é de facto uma grande novidade, a ser verdade), aprendemos técnicas de rastreio doméstico de doenças, aprendemos também que há cuidados específicos relativos à alimentação de uma grávida, aprendemos ainda que uma associação de estudantes de uma qualquer instituição de ensino superior tem preocupações sociais, culturais e até revolucionárias. Trata-se de uma aprendizagem constante quase tão boa, como uma enciclopédia prática das Seleções.

 

Para quem achava que as novelas eram apenas um divertimento para quem tem poucas preocupações com o intelecto e apenas quer reservar esse tempo para fazer uma só coisa: não pensar, desengane-se! As novelas estão cheias de dicas e a continuar assim, não tardam a ocupar o lugar do saudoso Acontece.

Ainda há finais felizes...felizmente!

Já começa a aborrecer este bobardeamento diário e constante de más nóticias. Será que não há nada de bom a acontecer neste mundo, neste país? Começo a pensar se isto não é uma terapia experimental encomendada por uma qualquer comunidade alien para assim determinar a nossa capacidade de resistência à dor, antes de ocupar o nosso território, hastear uma bandeira verde e vermelha, mas de pernas para o ar, e assim nos vir salvar deste purgatório.   

Por onde quer que se passe só se ouve falar de crise, austeridade, cortes, despedimentos, troika... inspiramos crise na família, com os amigos, com os menos amigos, com os desconhecidos e com tanta inspiração já só sabemos expirar do mesmo, não há quem aguente (só mesmo o Ulrich)!

Finalmente, hoje ouvi uma boa notícia: um homem com 69 anos desaparecido há oito dias foi encontrado vivo por um pastor lá para os lados da Sertã. Ao que parece, teve uma companheira que lhe salvou a vida, uma garrafa de vinho que evitou a desidratação deste homem.

Um final feliz numa história, que podia ser mais uma das más histórias noticiadas. Quase me apetece dizer que uma garrafa de vinho pode ser uma solução para termos mais finais felizes...mas doseada por oito dias!

 

 

 

 

Mas quem será...? Mas quem será, a filha do Papa?

 

É o livro sensação do momento. Da autoria de Luís Miguel Rocha, publicado na passada segunda feira e parece que vai ser um sucesso de livrarias. A altura não podia ser a melhor, com os assuntos papais na ordem do dia.

Ainda não li o livro, mas do que já foi dito anuncia-se uma possível polémica em torno do celibato sacerdotal, uma vez que a trama do livro gira em torno de uma relação secreta de Pio XII com uma freira alemã, mentora da criação do Banco do Vaticano. Em torno deste enredo, conhece-se sob a forma de thriller o modus operandi desta instituição. A eventual relação de Pio XII com Pasqualina, dá os seus frutos, ou melhor, um fruto cujo nome da personagem do livro é Anna.

A dúvida que temos neste momento não é a de saber quem é o pai da criança, a dúvida é saber quem é a mulher que, dizem, é filha do Papa?

 

Habemus Papam...

 

Como tem sido fortemente noticiado, o novo Papa prima pela novidade. Para o Vaticano tudo é novo neste novo Papa: o nome, o país, a ordem de que é oriundo, o protocolo que tem sido rompido, o gosto pelo futebol, pela cozinha, pelos transportes públicos...só o novo seguidor de Pedro é que não é novo (em idade), tendo em conta as constantes recomendações, sugestões e especulações feitas pré conclave e pós conclave, ainda que neste último com menos insistência. Espero contudo, que os seus 76 anos não sejam um obstáculo à mudança e novidade que parece vislumbrar no horizonte católico.

 

Ao ouvir opiniões e comentários de especialistas no assunto que abundantemente têm estado nos meios de comunicação, em horários nobres e menos nobres, uma questão se coloca ao meu espírito: será que a expetativa de mudanças no Igreja Católica, que poderão passar pela simplicidade, humildade e até por algum despojamento material estarão a ser bem vistas pelo Vaticano? Será que são desejadas? Será que são necessárias? Serão inevitáves neste Pontificado? Não sei responder objetivamente, ainda que subjetivamente, desconfie!

Começo a pensar se o desemprego não chegará ao Vaticano?! Aponto que, se em vez do desemprego, não será um mal menor abrir um quadro de mobilidade especial para quem reza pelo mundo, no silêncio conventual das paredes dos mosteiros de Roma e ter como recompensa metade das regalias? Pode ser que assim não seja, até porque o Papa, felizmente, vive em Itália e não em terras lusas.

A ver vamos... Não há como esperar!

 

Riscas...Gosto!

Gosto Muitoooooooooooooooooo!
A nova coleção primavera/verão da MANGO está do melhor, na versão black and white com riscas verticais para estilizar a figurita, que é o que se precisa!

Porque é que não há Dia do Homem?

Está no fim mais um Dia da Mulher.

Não é uma data que comemore, porque fico sempre com a sensação de que se continua a tratar a mulher como um ser inferior, que precisa de ser reconhecido anualmente. Acredito e defendo a igualdade de tratamento de género e, por isso, defendo a comemoração do Dia do Homem. Acho mais justo! 

..."não tens noção"...blá, blá, blá... "não tens noção": Se calhar?

Uma coisa é a Língua, outra a Linguagem e outra ainda, os vícios de linguagem. E estes últimos são altamente contagiosos por via oral tantas vezes são ditos, repetidos e ouvidos que, quando damos por nós, lá nos sai uma dessas "pérolas" linguísticas que na maioria dos casos são descontextualizadas e não querem dizer grande coisa, nem acrescentam nada de útil ao que já dissemos, mas terminamos as frases assim sem termos noção. Efetivamente, nos últimos tempos, dois, três meses, mais coisa menos coisa, tenho sido bombardeada com uma das tais pérolas: blá, blá, blá...não tens noção;blá, blá, blá...não tens noção... Já cansa semelhante fim de frase, até porque começo a pensar que se calhar, não tenho mesmo noção do que falam e a conversa, ou melhor, o monólogo é o de um emissor que mais parece uma cassete a bobinar e rebobinar noções para um recetor que se disfarça de parede.

Pós-manifestação...e agora?

Deixa passar eu estou na rua para o governo derrubar!

 

Este é apenas um dos exemplos das palavras de ordem que se fizeram ouvir hoje  pelas ruas do nosso país.

A mensagem passou, o sentimento falou e a emoção cantou numa só a Grândola Vila Morena.

O povo português, uma vez mais, mostrou a sua indignação exercendo a sua cidadania num cenário que se quer democrático. Há quem diga que durante esta manifestação não ouviu uma única proposta, alternativa ou solução para a crise e por isso, temos a austeridade. Ora, o direito ao voto não é mais que o voto de confiança dado pelo povo a quem se apresenta prontamente para governar um país. Cada um de nós tem o seu papel na sociedade, trabalhar e ajudar na construção de uma sociedade justa e solidária, mas não cabe ao povo dirigir, conduzir, numa palavra só: GOVERNAR.

 

Finda a manifestação, urge perguntar: E agora?

Agora... teremos um amanhã e espero que a esperança renasça no povo português para que possamos acreditar em nós, em quem nos Governa, no nosso pequeno país à beira mar plantado.

17,6%... nós por cá!

 

Nós por cá... hoje, estamos a ver crescer o desemprego!

Nós por cá...amanhã, podemos fazer crescer a esperança!