Diz quem sabe de sonhos, que o ser humano todos os dias, digo, todas as noites sonha. Diz também quem sabe dos ditos, que os sonhos são uma forma de o nosso inconsciente se manifestar e assim atravessar a barreira da censura, mas também se diz que às vezes sonhamos com "coisitas" que vivemos durante o dia e às quais, aparentemente, nem demos grande importância ou então sonhamos com aquilo que conhecemos bem e nos perturba os dias. Quem diz sonhar também diz ter pesadelos.
Ora, é destes últimos que hoje me apraz falar, porque esta noite tive um pesadelo, tenho a certeza que foi um pesadelo!
Vejam bem que sonhei com a Moção de Censura que um partido da oposição quer fazer ao Governo. Isto é no mínimo, desconcertante...no meu pesadelo as leis tinham mudado e o Governo tinha dois anos para se pronunciar sobre o voto de desconfiança. O meu pesadelo não durou os dois anos e por isso, não cheguei a saber o desfecho da crise política, acordei antes! Mas também me parece que o desfecho está aos olhos de todos os que estão acordados.
Deste meu estranho pesadelo, posso retirar uma conclusão: não tenho por hábito sonhar (digo, ter pesadelos), com assuntos destes, se tal está a acontecer, das duas uma, ou estou a tornar-me masoquista ou então tenho que ir urgentemente ao psicanalista porque o meu muro da censura está a desmoronar-se e corro o risco dos recalcamentos saltarem o muro.
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