Hoje em dia tudo se vende e tudo se compra, não faltando por aí sites onde as vendas se materializam e constituem para compradores e vendedores boas oportunidades de negócio que permitem rendimentos extra. Até aqui nada contra, cada um vende o que quer e compra o que pode, mas o que realmente me causa algum incómodo é a forma como essas transações se efetivam, uma vez que não há qualquer controlo por parte de quem gere esses sites, no sentido de fidelizar a origem do produto que se vende.
Esta minha preocupação prende-se com uma situação recente, que experienciei indiretamente e que me levou a questionar a forma de operacionalizar as vendas. Quando querivebder um produto utilizando um site como "loja" apenas tenho que me registar e publicar o artigo, processo este que ocorre quase em simultâneo... Fácil, portanto!
Conto-vos então o seguinte caso: uma jovem teve uma indisposição numa loja de dimensão considerável, numa grande superfície. Essa indisposição implicou um episódio de desmaio e naturalmente que perante a situação, não faltaram ajudas de quem estava por perto. Quando voltou a si deu por falta do seu iPhone. Novamente, as ajudas se apressaram na tentativa de encontrar o equipamento, mas sem sucesso. No dia seguinte, essa mesma jovem resolveu consultar um desses sites de venda de tudo e mais alguma coisa, direcionou a sua pesquisa para iPhones à venda... Teve uma surpresa que era mais ou menos expectável... Teve fortíssimas certezas suspeitas de que o seu equipamento estava ali mesmo à venda, pois a descrição do equipamento, acompanhada de fotografia, correspondia ao seu, perdido no dia anterior... Dizia o vendedor que o equipamento estava sem código para desbloquear, sem carregador e vendia também a bolsa de proteção... Aquele vendedor tinha o mesmo bom gosto da jovem, a bolsa era igualzinha!
Não me alongo mais no assunto, até porque as diligências feitas posteriormente, não implicaram a recuperação do equipamento. Contudo, aquilo que apenas quero ressalvar é que a forma fácil como se vende um qualquer artigo na internet, pode ser, sem dúvida um incentivo ao furto. Seria recomendável uma maior atenção por parte de quem gere estes serviços... Digo eu!