Há dias passei numa livraria que habitualmente tinha uma boa coleção de livros de arte. Conhecendo-a por isso e por aí ter feito algumas compras nessa área, resolvi entrar para ver as novidades e, eventualmente aceder às tentações de consumo a nível da história da arte.
Já na livraria, estranhei não ver a secção de arte, procurei, procurei, dei voltas e voltinhas e... nada de livros de arte. Intrigada com o facto, duas explicações me assolaram o pensamento: ou deixaram de vender livros desta área de conhecimento ou então, o problema é meu e sou eu que olho, olho e estou naqueles dias em que não consigo ver o que está à frente dos olhos. Como a primeira justificação me pareceu inplausível, chamei um funcionário e pedi-lhe ajuda...
A resposta foi derrotadora:
Oh! Minha senhora não temos nada disso, ou melhor acho que ainda temos dois livritos misturados com outros, ali para a secção da história. Antigamente, tínhamos muita coisa, uma secção enorme, mas agora... Isso não se vende. Afinal, quem é que neste país se interessa pela arte?
Eu! Eu ainda me interesso e não gostava de pensar que faço parte de uma reduzidíssima minoria...
Por estas e por outras é que, e citando António Guterres, os estrangeiros ainda olham para Portugal, como um país pobre e relativamente atrasado que oscila entre o complexo de inferioridade e a exaltação nacionalista.
Não é doido nem tem arte.
ResponderEliminarÉ, tão só, mau vendedor, mau profissional.
Há muito disso por aí.
Investe no corriqueiro...no livro que se vende, quase sempre sem qualidade.
ResponderEliminarBeijinhos.
Sim cada vez se vê menos é verdade. Mas não pode deixar de existir tipo...
ResponderEliminarBeijocas
É chocante ouvir uma resposta dessas. É claro que tem de haver espaço para materiais de qualidade. Se não houver, ficamos mais pobres, certamente.
ResponderEliminarBeijinho
Também me interesso e pareceu-me triste essa forma de agir quando podiam estar a contribuir para criar novos leitores.
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