A minha intuição ontem dizia-me que o meu estado de preguiça se prolongava até hoje. Na verdade, não falhou muito mas ainda assim, ganhei uma força extra para poder pensar um bocadinho sobre aquilo que o ano (que não tarda a findar) trouxe a Portugal.
Infelizmente, não posso dizer que 2013 tenha sido um ano frutuoso para o nosso país. No plano económico e financeiro tivemos mais do mesmo, ou melhor mais austeridade e menos dinheiro na carteira, politicamente tivemos decisões irrevogáveis que lançaram alguma esperança nos destinos deste império falido e um país governado pela Troika e pelo Tribunal Constitucional e tenho para mim, que ainda bem que este último foi regrando e refreando os intentos do governo, caso contrário temeria pela minha dignidade enquanto cidadã. Mas, em matéria de catástrofes até o clima nos foi pouco favorável e não me posso esquecer da tempestade de 19 de janeiro, que deixou a zona centro do país sem luz e comunicações durante uns bons dias, para não dizer semanas e que serviu para concluir que Portugal não está minimamente preparado para responder a situações desta índole. De boa índole é também D. Manuel Clemente que assumiu este ano o Patriarcado de Lisboa e de quem se espera, sempre, a sua sensatez e espírito crítico.
Quanto ao obituário nacional lembro os Bombeiros que sucumbiram às chamas de um país a arder, a perda de Beatriz Quintella ( fundadora da Operação Nariz Vermelho) e Nadir Afonso.
Aspetos positivos... foram poucos e destaco o facto de Portugal ter sido eleito o melhor país para viajar... Pena é que sejamos um território de passagem e não de permanência!
E já que estamos em maré de viagens... O melhor de 2013 no mundo foi para mim, sem dúvida, o Habemus papam e a entrega do Prémio Sakharov a Malala pois, tal como para esta jovem paquistanesa, acredito que "um aluno, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo."
... Que em 2014 o mundo seja melhor para todos.
E para vocês, qual o balanço?