Quando nos sentimos verdadeiramente naquilo que cheira mal, o pior que nos pode acontecer é levar com ela em cima, literalmente.
Pois bem, cá estou eu nesse cenário...
Ontem circulava eu numa auto estrada deste país real, em velocidade prevista na lei (convém dizer, não vá algum polícia ler isto) e vislumbro um camião a velocidade mais ou menos reduzida. Quando me aproximo, apercebo-me que me cai em cima do vidro uma substância acastanhada... Oh! Pá! Os pássaros deviam usar fraldas! Ultrapasso o camião e nesse momento, eis que uma chuva em versão temporal, me muda a cor do vidro e ganho um carro castanho com ambientador fora de prazo... Já perceberam? Sim, foi isso mesmo, levei com aquilo que cheira mal em cima. O camião transportava M.....
Escovas limpa vidros e água ao máximo e depois "correr" até à próxima área de serviço, que por acaso estava a meia dúzia de kms, para dar banho ao carro. A tentar recompor-me e acima de tudo a apanhar ar, pois o cheiro dentro do carro era nauseabundo... eis que o dito camião chega à área de serviço... Boa! A fúria levou-me a entrar no meu carro, suportar o cheiro e colocar-me no estacionamento ao lado do transporte e transportador da trampa. Conseguem imaginar o teor da conversa entre mim e o motorista do camião... Dizer que houve conversa é exagerado, pois eu é que falei, ameacei com a polícia, numa palavra vociferei... O rapazola estava de todas as cores e não conseguia verbalizar nada com jeito a não ser, repetidos e atabalhoados pedidos de desculpa!
Terminado o discurso e já dentro do carro mal perfumado, o rapazola em passo apressado bate no vidro e lá diz a medo: a menina importa-se que eu lhe lave o carro?
E assim foi... de mangueira e pano na mão, lá esfregava o carro até lhe tirar a coloração acastanhada e o perfume muito longe do aroma patchouli...
Estava ou não estava na M....?