A plantação de morangos cá de casa, cresce e aparece...
... da flor ao fruto, foi um pulinho...
...do fruto à cor, foi uma tarde...
... já tenho as natas batidas em chantilly para a sobremesa de amanhã.
A julgar pela rapidez da "pigmentação" dos frutos, não posso ser apanhada desprevenida!
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Está lá?
As conversas que tenho durante a hora de almoço são, na maioria dos casos sobre banalidades e lugares comuns. Hoje foi mais uma dessas (in)frutíferas conversas...falava-se de telemóveis, o inimigo número um dos professores e número dois dos pais, logo a seguir ao computador e antes da PSP.
Ora, voltando então à conversa da hora de almoço, alguém defendia que o telemóvel é um bem indispensável, de primeira necessidade e que faz muita falta, quase tanta como o pão na mesa. Acrescentava que o seu filho estava sem telemóvel por castigo imposto, pois tinha sido a forma de punição que mais o lesava, contudo ponderava a gravidade da pena pois sem esse meio de comunicação, tinha mais dificuldade em controlar o miúdo.
Controlo foi para mim a palavra chave nesta conversa. O telemóvel é essencialmente uma forma de controlo das pessoas. Antigamente, quando só se tinha o telefone fixo iniciava-se a conversação com o Está lá? É o xxxx? Sou eu, o yyyyy. Está tudo bem? Hoje, com o telemóvel, inicia-se a conversação com o Sou eu (o nome já aparece no visor). Onde é que estás? Repare-se nas diferenças e tire-se as conclusões!
Não nego a importância do telemóvel, mas antes da sua existência as pessos não deixavam de se encontrar, de falar, de conviver...acho que seríamos muito mais felizes sem telemóvel e não estaríamos sempre a sentir a pressão de que "já estou atrasada, tenho que ligar a avisar..." ou "porque é que não atende o telemóvel! Será que aconteceu alguma coisa?" ou ainda "fiquei sem bateria...e agora? Não gosto de estar sem telemóvel!" Será que não?
domingo, 28 de abril de 2013
Gaspar: o medalhado
Todos sabemos que o país vai de mau a muito mau;
Todos sabemos que austeridade gera recessão;
Todos sabemos que os portugueses, na generalidade, não estão satisfeitos com os seus governantes;
Todos sabemos que no jogo da batalha naval que é a economia portuguesa, os tiros são todos na água;
Todos sabemos que Gaspar é como o "bicho papão" que os portugueses temem;
Fiquei a saber que Gaspar é o político português que mais medalhas ganhou na maratona de uma legislatura que vai a mais de meio:
- medalha de ouro para o maior aumento do desemprego;
- medalha de ouro para o maior aumento da dívida portuguesa;
- medalha de ouro para a maior quebra na economia.
Temos um segundo "rei Gaspar"( o primeiro é o rei Mago do presépio), cujo cognome é o Medalhado.
sábado, 27 de abril de 2013
A feira de sábado
Na minha infância e pré adolescência sábado era dia de Feira e sábado sem feira (e sol!), não era sábado. Não havia sono que atrapalhasse ou atrasasse este programa, o dia começava cedo e a manhã era passada inteirinha na feira. Aí se comprava os bens para sustentar o agregado durante a semana, encontravam-se os familiares, primos e parentes, atualizavam-se as notícias, novidades e cusquices e ainda se fazia a ronda pelas tendas da roupa da moda, mirava-se os modelitos e se o orçamento permitisse, lá se fazia uma extravagânciazita.
Segundo reza a história, as feiras já existem em Portugal desde o séc. XII e XIII, tendo vindo a enfraquecer em finais do séc. XV, em virtude do desenvolvimento e prosperidade das vilas e cidades que garantiam o abastecimento dos produtos e a satisfação das necessidades dos seus habitantes.
Ainda assim, a tradicional feira continuou a existir e resistir às grandes mudanças sociais e comerciais e, no meu caso concreto, ainda pude viver e sentir o cheiro das pipocas, aprender a regatear o melhor preço, e ouvir o pregão do vendedor da banha da cobra e do propagandista que anunciava a "carrada" de atoalhados que donas de casa atentas podiam levar para casa, enfeirava-se a sério!
É com muita saudade que recordo estes sábados de feira, mas é também com muita tristeza que olho, todos os sábados para o sítio onde se fazia a "minha" feira e não vejo as tendas nem as pessoas, vejo uma praça ocupada por lojas orientais, cafés com a sina lida, duas ou três personagens que apanham résteas de sol numa esquina com tradição, um ou dois taxistas que lêem as últimas da bola porque os clientes já não vêem à feira, um ou outro comerciante que espera pacientemente por um freguês, qual D. Sebastião em dia de feira... e assim está a praça, porque a "minha" feira foi deslocada para um mercado em betão armado fora da praça, fora da vila, sem problemas de estacionamento, sem tendas no chão, com condições aprovadas por uma ASAE exigente... mas sem fregueses! Fugiram todos para as grandes superfícies porque aquele mercado cinzento fica muito "fora de mão" e assim já nem vale a pena ir à vila...vão às cidades.
Eu continuo a ir à velha praça todos os sábados, que de praça já só tem mesmo o nome inscrito numa parede branca de uma casa apalaçada!
sexta-feira, 26 de abril de 2013
O que é Nacional é "pouco"
Quando penso no meu país, no ainda nosso Portugal dou comigo a elencar uma série de coisas boas que são muito nossas.
Temos uma gastronomia digna de manjar de deuses, uma doçaria que engrossa o papo dos anjos, as melhores peras "durinhas" como rochas, os pastéis de Belém que só de os idealizar já estou com um comportamento pavloviano, um Allgarve com verão azul quase todo o ano, uma produção vinícola reconhecida por Baco, maçãs de Alcobaça que quem as apanha não passa sem as trincar, sapatos que calçam duquesas, cães com faro para dólar, feltros para chapéus à Indiana Jones, cortiça que vai amortecendo as quedas das exportações, azeite enriquecido com ervas ou ouro (banal!), sardinhas enlatadas que ficam bem em qualquer dispensa menos avantajada, bananas que crescem em jardins, camisas que (in)vestem irmãos, café que acorda o mundo e engenhocas...inventores, muitos!
Quando acabo de pensar nisto, volto a pensar...
...e penso que com tanta produção nacional de qualidade, não deveríamos nós ocupar um lugar ao sol no mundo dos bons negócios e sermos um POQ - país de origem e qualidade? O que é que nos falta? Gestão de qualidade ou quantidade de gestores NACIONAIS? Jogo no primeiro!
Confusão "semental"
Hoje acordei com a sensação, felizmente errada, de que tinha pela frente mais uma semana e hoje seria aquele dia que pouca gente ou ninguém gosta, a segunda feira! Não é....é mesmo sexta e não fiz ponte, por um lado, porque não tinha motivos que o justificassem e por outro, não pretendo que os nossos governantes tirem mais uma das suas conclusões brilhantes acerca dos orçamentos familiares e da suposta preguiça dos portugueses, mesmo em tempos de austeridade.
Fiquei satisfeita por perceber que a minha confusão mental mais não e do que o reflexo de um feriado que me baralhou as contas da semana.
Para a semana aguarda-se nova confusão semanal(mente)!
quinta-feira, 25 de abril de 2013
A Liberdade de abril
Continuamos numa onda de comemorações, hoje comemoramos todos (assim quero acreditar!), um momento ímpar da história de Portugal que determinou uma viragem de 180º na estrutura política e social dos portugueses definindo-se assim um novo conceito de Liberdade, muito diferente daquele que se conhecia até 1974.
A Liberdade (escrevo-a sempre com letra maiúscula), que nos trouxe o 25 de abril é aquela que me permite neste nomento expressar a minha opinião, é aquela que me deixa expressar ideologicamente, é aquela que exerço de forma responsável, é aquela que me faz ter a ter a racional convicção de que não a quero deixar de ter e é a mesma que muitos portugueses, hoje, não querem perder.
Os portugueses têm assistido a muitos atropelos à sua liberdade individual e coletiva nestes 39 anos de democracia e lá vamos reagindo de forma passiva, pacífica e resignada muitas vezes, uma ou outra vez de forma mais passional e impulsiva e raras vezes de forma racional. Antes de abril nem sequer podemos falar de Liberdade, pós abril quase que roçamos o libertismo, ou pecamos por defeito ou pecamos por excesso, nós portugueses somos assim, temos muita dificuldade em encontrar o meio termo, o equilíbrio, acho que está na própria genética cultural deste povo e dificilmente esse ADN sofrerá uma mutação.
Ainda assim, vale a pena relembrar dada a pertinência e atualidade do assunto, os ideais de abril, a Grândola Vila Morena, os cravos vermelhos, o MFA e aquilo que vou ouvindo da boca dos mais jovens: "Portugal precisa de outro 25 de abril!", só tenho pena que alguns dos que dizem isto não conheçam o verdadeiro significado de abril e sejam os que pecam por excesso no exercício da sua liberdade.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
A "trintona" Ovibeja
Para quem tem queda para o campo, para quem não tem, para quem não tem, mas gostava encontra na Ovibeja programas à altura das suas escolhas.
Esta já internacional feira de agricultura/produção agrária que comemora este ano os seus 30 anos (muita maturidade!), começa hoje e prolonga-se até ao dia 28 de abril com um programa bastante interessante que que vai desde concursos, colóquios, workshops, desporto, tertúlias, apresentação de livros, corrida de touros, exposições de pintura e escultura, espetáculos (música tradicional, Virgem Suta, Buraka Som Sistema, The Gift e os meus rockeiros portugueses de top, claro que falo dos Xutos e Pontapés!
Atividades, diversão, entretenimento e conhecimento não faltam de certeza neste certame, o que pode faltar é liquidez para suportar a entrada na feira. Longe vão os tempos em que ir à feira era gratuito, nao tínhamos que pagar para ir comprar, não fazia sentido...era assim, agora já não é e, a Ovibeja não é exceção: 7€ (p/pessoa), bilhete familiar 22€ (4 pessoas) e mais 3€ para estacionamento da limousine ou da lata, como preferirem ou puderem! Posso adiantar que não vão faltar ovinos, mas do que averiguei só há ovelhas bejes e negras...aquelas que são verdes, rosa, lilás ou laranja só se encontram em publicidade televisiva.
terça-feira, 23 de abril de 2013
Porque os livros são...
Porque hoje é o Dia Mundial do Livro...
Porque os livros são uma das minhas melhores companhias...
Porque as datas comemorativas de coisas boas são para se comemorar...
Porque devo escrever sobre o que gosto...
Porque os livros são uma das minhas melhores companhias...
Porque as datas comemorativas de coisas boas são para se comemorar...
Porque devo escrever sobre o que gosto...
Escrever seja o que for é sempre um ato de grande responsabilidade, não só por aquilo que se diz, como se diz, para quem se diz mas também pelo que se pode vir a dizer a partir do que se disse. Quem tem a coragem de escrever um livro, tem também a consciência de que as suas palavras serão sempre consequentes, seja positiva ou negativamente. No panorama cultural da atualidade todos os dias assistimos a lançamentos de livros, de novos autores, de novas perspetivas sobre assuntos vários e, no meu ponto de vista, considero que essa "ousadia" de lançar um livro é quase sempre uma mais valia para o nosso enriquecimento cultural. Senão vejamos, quando um livro é bom (claro está que o conceito bom, está carregado de subjetividade), suscita leituras, interpretações, identificações, sugestões, dissertações e um sem número de comentários e análises críticas, o mesmo se passa quando um livro é mau (novamente a subjetividade). Quando um livro não é bom nem mau (considerando que os há), e é mais ou menos, normalmente não vende, ou é pouco procurado! Ainda assim, o que importa é que o livro, bom, mau ou mais ou menos não deixe de nos acompanhar e de certa maneira, esculpir a nossa personalidade.
No conjunto dos estilos literários confesso que a prosa está no top das minhas preferências não tenho a genialidade desejável para compreender e apreciar poesia e confesso ainda, que me cansa um bocado a poesia sentimentalista em que se faz trezentas e trinta e sete mil interpretações de uma palavra e ainda com a possibilidade de triplicar esse número, porque a riqueza da escrita está na pluralidade de opiniões que se formam.
Gosto de literatura portuguesa, mas ainda não consegui a fórmula mágica para ler o nosso Prémio Nobel e sei que o defeito só pode ser meu. Gosto de literatura infantil...da Anita, das fábulas de La Fontaine, de Saint-Exupéry, de Enid Blyton, de Mark Twain...enfim dos livros da minha infância lá para os anos 80. Gosto da dureza de KafKa, da simplicidade de Jorge Amado, da liberdade de Sartre, do absurdo de Camus, da genialidade de Gabriel Garcia Marquez, da paz de Tolstoi, da atualidade de Eça de Queiroz, dos música dos pianos de José Luís Peixoto. Gosto de banda desenhada, do Tio Patinhas, do Pateta, do Pato Donald e de todos os bonecos da Disney...
...enfim, gosto muito de livros...
...gosto muito de ler...
... não gosto de livros digitais...
... mas do que não gosto mesmo é do estado moribundo em que se encontra a cultura portuguesa e o do pouco valor que se tem dado aos livros como fonte de saber, curiosidade, criatividade e mundividência.
domingo, 21 de abril de 2013
Vip´s ricos e Vip´s pobres
Do pouco que vi de mais uma sessão do programa "novidade" da tv portuguesa - Big Brother- apraz-me dizer que ser vip já não é o que era. Uns são mais very important people que outros, uns têm direito a uma casinha arrumadita (pelo menos hoje), outros vão para uma barraca que antes de se transformar num galinheiro, já o é!
Mudam-se os tempos, mudam-se os vip´s
Toda a riqueza pode virar pobreza...
Mudam-se os tempos, mudam-se os vip´s
Toda a riqueza pode virar pobreza...
sábado, 20 de abril de 2013
Morangos parte 1 - Home made #3
A essência da vida está na terra e por isso, dou a conhecer a "minha" plantação de morangos. Pronto, não é bem, bem "minha"...mas é quase como se fosse, é cá da casa (terra)! Tem muito encanto...e crescença!
Espero daqui a um mês poder encher esta caixa com os "meus, nossos" morangos.
Pelo sim pelo não vou guardar a caixa!...
...uma hora depois...
... rico em cenouras, morangos e calorias (poucas, claro)!
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Café
A letargia que me assolou durante o início da tarde foi heroicamente vencida por um café. Com tal benefício, não podia deixar de escrever umas linhas sobre o arbusto rubiáceo que produz os grãos de café lá para as regiões tropicais.
O consumo de café está fortemente enraízado em Portugal, estima-se que tenha chegado a terras lusas, nomeadamente à corte e burgesia, por volta do século XVII oriundo das roças de café do Brasil. Ao que parece este "digestivo" foi muito bem recebido em Portugal tendo mesmo o (re)construtor Marquês de Pombal impulsionado a abertura dos primeiros cafés pela capital, sendo por isso locais de interesse público pois aí fomentava-se o diálogo, a tertúlia, as opiniões e a discussão de ideias.
Ainda hoje, prevalece esta ideia de que por detrás de um café está subjacente o convívio social e um hábito cultural. Partilho inteiramente deste princípio, um café justifica sempre o sair de casa um bocadinho, um encontro, dois dedos de conversa, uma pausa no trabalho e até um momento de degustação para os verdadeiros apreciadores. Aprecio esta versão!
Mas outras mais valias enriquecem estes grãos e justificam o seu consumo, tais como a energia que me dá pela manhã e me faz acordar, encefalicamente falando ou ainda o poder de me tirar uma dor de cabeça, não falando obviamente, da sua natureza diurética e dietética. Sim, o café reduz o apetite, o que para uma mulher que vê a praia avizinhar-se a passos largos e está a meio da operação biquini é uma excelente notícia que dá direito a comemoração...com quê?
Não será a resposta evidente? Com um cafézinho, que mais podia ser!
Ah! Já me esquecia, como hoje é o Dia Internacional dos Museus, aqui vai uma sugestão: que tal uma visita ao Museu do Café em Campo Maior, o único museu da Península Ibérica, na categoria Café. Não, não tenho patrocínio ou comissão de nenhuma empresa do ramo lá para o distrito de Portalegre!
Estou um bocado atordoada...
...e até sei porquê! Ainda não bebi café hoje e por isso, estou em estado mais ou menos letárgico.
Volto mais logo...tenho um café à espera!
Volto mais logo...tenho um café à espera!
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Com queda para o campo
Como o prometido é devido cá vão as novidades:
- bom tempo é sinal de rua e passeios ao ar livre e no domingo lá fui eu sentir o ar do campo, respirar os cheiros da época e fazer o registo para memória futura.
Equipada a rigor, comecei por inspirar os pós, olhar as belezas silvestres...
...agradeci a todos os santinhos esta água cristalina que anestesiou as minhas tatuagens!
...este contacto animal revelou-se, felizmente, inofensivo!
- bom tempo é sinal de rua e passeios ao ar livre e no domingo lá fui eu sentir o ar do campo, respirar os cheiros da época e fazer o registo para memória futura.
Equipada a rigor, comecei por inspirar os pós, olhar as belezas silvestres...
...o piso não convidava à elegância de uns stilettos, o que para mim não era novidade por isso, os tenis foram os meus melhores amigos, pelo menos ajudaram-me a amortecer a minha queda aparatosa que resultou em danos próprios significativos: joelho arranhado, mãos tatuadas com arranhões imperfeitamente desenhados e um ombro deslocado, pronto quase deslocado!
Não! Não é um covil de javali ou toca de coelho...ao que me pareceu, está desabitado e segundo pude apurar, esta "caverna" resultou da retirada de barro para a construção das casas dos séculos passados...casas de pedra e barro.
...agradeci a todos os santinhos esta água cristalina que anestesiou as minhas tatuagens!
Finalmente anestesiada... passei à fase da dormência! Socorro! Fui atacada por um enxame de abelhas (ok! algumas), que encontraram na minha cabeça um aeroporto e no meu braço um bom sítio para testar os ferrões! E que testes! Valeu-me o aroma de um ramo de alecrim que, provavelmente, nauseou as feras...
...este contacto animal revelou-se, felizmente, inofensivo!
...consegui sobreviver às desventuras, mas ficaram algumas mazelas e foram essas que me obrigaram a estar in pause.
Fotografias:
Abrunheira, algures no concelho de Figueiró dos Vinhos
terça-feira, 16 de abril de 2013
...é p´ra amanhã!
Lá diz o provérbio: Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje, mas hoje tenho mesmo que deixar p´ra amanhã as novidades e amanhã explico o porquê de não fazer ou dizer hoje...
...in pause...
domingo, 14 de abril de 2013
Morango ou mentol?
Novamente as artes plásticas são tema de escrita para mim. Não me quero tornar maçadora com a recorrência do tema mas, tapetes cor de rosa feitos de pastilha elástica merecem que me estique, um bocadinho, nas palavras.
Os tapetes de pastilha eslástica, obra de João Pedro Vale datam já de 1999, mas por razões óbvias, têm de ser refeitos cada vez que são expostos. O mais recente está patente no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais em Bragança e muito tiveram que mascar 200 crianças para se conseguir a obra com cheiro a morango.
Ora, eu aprecio arte, muito! Aprecio arte contemporânea, muito mesmo! Aprecio arte conceptual, bastante! Até acho que sou bastante opend mind em relação a estes assuntos, mas não consigo perceber o interesse destas peças de tapeçaria, e não aprecio, nada! Mesmo! E passo a explicar porquê.
1. Não me parece pedagógico pedir a crianças que masquem pastilhas elásticas em série, como se não houvesse amanhã;
2. Acho o resultado muito pouco higiénico, quase que se trata de uma linha de produção de saliva;
3. As consultas no dentista por causa de cáries são pesadas para os orçamentos familiares (o que vale são os cheques-dentista e a generosidade do nosso governo!);
4.Um tapete com cheiro não traz mais valia nenhuma, ainda que cheire a morango. Até porque das duas uma: ou enjoamos o cheiro, ou dá-nos vontade de comer o tapete, o que não me parece de todo a melhor solução nem a mais razoável;
5. E afinal de contas, o que temos é um tapete colado com saliva.
Com isto tudo, o melhor é ir mascar uma pastilha de mentol, é mais fresca, menos doce e por picar na língua vai-me tirar a vontade de falar! Por agora!
sábado, 13 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Página em manutenção
O Estado Português nem para receber é bom!
Hoje pedi encarecidamente ao Portal das Finanças que abrisse para me deixar preencher a declaração de IRS: respondeu-me sempre da mesma maneira: Página em manutenção. Tentaremos ser breve (não é erro meu, era mesmo assim, no singular).
Tive que desistir do meu pedido e pensei que se assim era, tinha que respeitar as Finanças, é de louvar que tenham tirado a tarde para se manter em forma!
A pressa dos dias
O tempo tal como o frio é psicológico, é o que ouvimos dizer frequentemente.
Por um lado esta ideia apazigua-nos a alma no sentido em que nos ajuda a iludir a consciência de uma velhice ou caminho para ela, por outro, pode levar a acreditar que somos nós os únicos responsáveis pelo tempo e pela sua passagem, o que para mim me parece uma posição demasiado radical e própria de humanistas fundamentalistas (isto se os houver!).
Quando se é criança o tempo demora a passar, quando se é adolescente anseia-se pela rapidez desse mesmo tempo, quando se é adulto nem se dá pelo tempo passar. Só se dá conta de que já passou. Percebemos isso, quando se começam a notar os cabelos brancos, as rugas que já não são de expressão e a gravidade que se torna uma força atrativa a puxar-nos para baixo. Perante isto não podemos continuar a achar que a noção do tempo é psicológica. Quando se ultrapassa a barreira cristã da idade de Cristo, o tempo apressa-se a deixar as suas marcas e não são psicológicas...são muito físicas, notam-se, são vistas, são disfarçadas, por vezes ocultadas, mas não são eliminadas. Naturalmente, estou neste patamar do tempo e sinto esse passar dos dias a uma velocidade de quase TGV, há uma pressa nos dias, parece que têm vontade própria, os marotos!
Hoje, contrariamente ao habitual, quero que o dia passe depressa, que atinga a velocidade de um Concorde e não é porque amanhã é sexta feira e véspera de fim de semana, é porque amanhã, de acordo com os srs. da meteorologia, o sol (melhor anti depressivo natural), vai voltar das suas férias prolongadas por terras de alguém.
Mas hoje, só para contrariar o dia está a demorar a passar, há uma lentidão nas horas semelhante à minha lentidão física e até psicológica pois, tenho a sensação irritante de desperdício de tempo, de que hoje não fiz nada de jeito e o pior é que tenho a certeza, de que não foi por falta de tempo.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Os buracos do meu dia
Bem cedinho, mal acabo de por o pé fora da porta logo o meu consciente começa com uma torturazita, pois vai ser mais um dia a contribuir para o aumento do buraco do ozono. Ok! Desculpa atmosfera mas tenho mesmo que usar o automóvel... não tenho alternativa! Avanço para mais uma lambidela de asfalto e ao longo do meu percurso (longo), sou sobressaltada por bastos buracos na estrada que ao mesmo tempo que fazem tremer a voz da locutora da Comercial que anuncia mais um dia de qualquer coisa, também têm o dom de me fazer ouvir a minha limousine a queixar-se da sua cervical.
Manhã de trabalho!
E é através de um soberbo buraco feito por um profissional alargador na orelha de um aluno que consigo ver o colega da mesa detrás a manusear o seu material escolar preferido, o telemóvel. Apesar da dimensão do dito buraco ser considerável, não foi suficiente para esconder uma cara laroca em completa desatenção.
Intervalo para café e o embate contra uma cadeira foi inevitável, resultado: um buraco nos collants. Não há nada pior na vida de uma mulher que andar com as meias rotas, até porque andamos sempre a justificar o malfadado buraco com receio de nos acharem umas desleixadas.
As notícias à hora de almoço reforçam mais uma vez, a existência de não sei quantos buracos financeiros aqui e acolá naquela e na outra instituição, ministério, organização, constituição...e outros aõs...como por exemplo, o buraco nas terras de Marvão.
Perante este cenário esburacado penso que deve ser mais fácil meter a cabeça num buraco como a avestruz do que chegar a casa.
terça-feira, 9 de abril de 2013
Corações que batem por Portugal
Já há algum tempo que andava com vontade de escrever um post sobre Joana Vasconcelos, hoje essa vontade concretizou-se ou não fosse a "nossa" artista plástica motivo de notícia em virtude do prémio que irá receber lá para o final da tarde. Joana Vasconcelos foi distinguida com o Prémio Personalidade do Ano de 2012 pela Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal pela sua brilhante carreira a nível nacional e internacional e como sendo a primeira mulher e a mais jovem criadora, a ter tido a honra de expor algumas das suas obras no Palácio de Versailles em Paris.
Realço o papel de Joana vasconcelos como uma importante figura no mundo das artes plásticas, é sem dúvida, uma portuguesa no mundo, uma embaixatriz da arte portuguesa contemporânea que tem feito chegar ao mundo bons ecos de Portugal.
Conheci o seu trabalho em 2009 (tardiamente, no meu ponto de vista), aquando da sua exposição Sem Rede no Museu Berado. Confesso que fiquei fascinada com os trabalhos aí expostos, não só pela criatividade evidente, pela atualização do que há de mais tradicional na cultura portuguesa e acima de tudo pela grandiosidade das suas obras, literalmente falando. Joana vasconcelos pensa em tamanho grande, cria em tamanho XXL em razão inversa à dimensão geográfica do, ainda nosso, país. Mas, tenho a clara convicção de que esta jovem ajuda a tornar o nosso Portugal "maior" no mundo das artes, pela sua paixão pela cultura portuguesa, espelhada por exemplo, em corações vermelhos que nos ditaram uma independência, amarelos que nos incitam ao otimismo e negros que nos lembram o nosso Fado.
Gosto tanto do seu trabalho que quase me apetece "oferecer" para integrar a sua equipa de artesãs do crochê...só era preciso que ela quisesse!
Parabéns Joana!
domingo, 7 de abril de 2013
A "oposição" de Sócrates
O regresso de Sócrates no papel de comentador político foi em grande, graças à semana recheada em más notícias para o panoramo político português. Sócrates certamente que agradece a moção de censura do PS, a demissão de Miguel Relvas, o chumbo de quatro medidas do orçamento por parte do Tribunal Constitucional (a "cereja no topo do bolo" para o nosso novo comentador político) e ainda a comunicação do Primeiro Ministro ao país que foi para Sócrates o motivo que precisava para mandar Passos Coelho "estudar" a Constituição.
Não vou aqui fazer uma elencagem das ideias apresentadas pelo novo comentador da RTP, até porque acredito que nos próximos dias o essencial da opinião de Sócrates seja visto e revisto, como é costume no jornalismo televisivo.
O que quero, efetivamente realçar é a ajuda que José Sócrates está a dar a António José Seguro, seu camarada. Sócrates faz clara e inequivocamente OPOSIÇÃO, não faz ou dá opinião.
Parece-me que Sócrates tem muita dificuldade (intencional!) em conseguir desvincular-se da sua condição política, de oposição ao governo, e cada vez faz mais sentido a tese de que Sócrates veio para ajustar contas, veio mesmo. Sócrates para além de ver as suas contas ajustadas faz o papel de Seguro com distinção, até porque o primeiro a comentar a comunicação de Passos Coelho, por parte do maior partido da oposição, quem foi? Sócrates, pois claro! Seguro, como sempre só falará amanhã...
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Carrega Benfica!!!!!
Para aqueles que pensam que o clube do "povão" deveria estar a meio da tabela classificativa no país de Sua Majestade, há a dizer que estão muito enganados. A equipa do Newcastle deixou muito a desejar tendo em conta a sua suposta sobranceria em relação ao Benfica...quer-me parecer que a equipa dos ingleses se jogassem no campeonato português estariam lá para o meio da tabela!!!
Como diz o "povão": Pela boca morre o peixe.
Carrega Benfica!
quarta-feira, 3 de abril de 2013
In Pulso de Miguel Gonçalves
A palavra do momento em Portugal
é Empreendedorismo.
O homem do momento em Portugal é
Miguel Gonçalves.
É jovem, é bracarense, é
psicólogo, é criativo, numa palavra, é empreendedor. O empreendedor que
encabeça o programa Impulso Jovem e que é um pouco como a nova
"menina dos olhos" do Ministro Miguel Relvas.
Miguel Gonçalves tem um discurso
muito terra à terra, um discurso do tu cá tu lá muito próximo
das faixas etárias mais jovens, mas a proximidade deste jovem com a dos outros
jovens portugueses (pelo menos com uma parte deles) esgota-se no plano da
comunicação.
Senão
vejamos, o meu dia a dia é passado com jovens e entre os jovens e aquilo que
vou presenciando, ouvindo e tentando desconstruir mais não é do que um diálogo
derrotista, vazio de conteúdo, conformista em que a única prioridade é o ócio e
a preocupação com o dinheiro que os pais deixaram de ter para lhes poder
financiar os divertimentos da "night" afirmando com gaúdio que aquilo
que querem fazer na vida é NADA.
Chocante? Até pode ser, mas se
contextualizarmos a coisa já não me parece assim tão bizarra, quando temos um
país que, em rigor, não premeia o trabalho, o mérito, o brio e a excelência
conseguidos à custa de esforço, "suor" e "lágrimas", um
país que não oferece grandes perspetivas de futuro.
Em parte, até compreendo estes
jovens, o seu desinteresse, o seu desalento e a sua falta de atitude proativa
mas, se pensarmos de forma realista rapidamente percebemos que uma sociedade
inerte e amorfa não se desenvolve e rapidamente percebemos também, que devemos
ser agentes de uma educação empreendedora que deve promover atitudes de
resiliência, espírito de iniciativa, capacidade de correr riscos controlados,
interação com terceiros e trabalho de equipa, capacidade de deliberação,
decisão e aprendizagem experimental - "aprender fazendo" alguma
coisa.
O Miguel Gonçalves pode ser,
quiçá, um agente de peso nesta empreitada. E porquê? O que tem ele de tão
extraordinário?
Na minha opinião, é um idealista em tamanho XXL mas tem também em igual proporção, a disposição para aprender e errar, a persistência, o otimismo, a determinação, a iniciativa, a motivação e muita coragem. Em larga medida, tem aquilo que muitos jovens portugueses neste momento não têm, contudo, se forem "agarrados" ainda vão a tempo de desenvolver e rentabilizar essas competências.
Certamente que Miguel Gonçalves não é um Einstein dos tempos modernos que inventa uma teoria revolucionária do universo, nem um D. Sebastião dos tempos idos que vai salvar o país, mas pode ser um impulso jovem que empurre os jovens para fora da caiuxa e puxe o novelo que se enrola nas suas cabeças.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Preferia O Dia da Verdade
Não faz sentido comemorar com brincadeiras o dia de hoje: Dia das Mentiras, porque não precisamos de pensar muito para chegar à conclusão que, ultimamente, este dia tem estado sempre presente nos nossos dias. Na minha opinião faria sentido comemorar o dia da verdade, porque essa sim, anda muito arredada da nossa sociedade em favor da mentira que nos acompanha, muitas vezes disfarçada de verdade pois, nem sequer se trata de "boas mentiras" são mesmo mentiras carregadas de más notícias...vale mais a verdade ainda que, essa possa ser mais dura. Se assim fosse, faria sentido assinalar o Dia das Mentiras, caso contrário, será de uma grande inutilidade.
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