Continuamos numa onda de comemorações, hoje comemoramos todos (assim quero acreditar!), um momento ímpar da história de Portugal que determinou uma viragem de 180º na estrutura política e social dos portugueses definindo-se assim um novo conceito de Liberdade, muito diferente daquele que se conhecia até 1974.
A Liberdade (escrevo-a sempre com letra maiúscula), que nos trouxe o 25 de abril é aquela que me permite neste nomento expressar a minha opinião, é aquela que me deixa expressar ideologicamente, é aquela que exerço de forma responsável, é aquela que me faz ter a ter a racional convicção de que não a quero deixar de ter e é a mesma que muitos portugueses, hoje, não querem perder.
Os portugueses têm assistido a muitos atropelos à sua liberdade individual e coletiva nestes 39 anos de democracia e lá vamos reagindo de forma passiva, pacífica e resignada muitas vezes, uma ou outra vez de forma mais passional e impulsiva e raras vezes de forma racional. Antes de abril nem sequer podemos falar de Liberdade, pós abril quase que roçamos o libertismo, ou pecamos por defeito ou pecamos por excesso, nós portugueses somos assim, temos muita dificuldade em encontrar o meio termo, o equilíbrio, acho que está na própria genética cultural deste povo e dificilmente esse ADN sofrerá uma mutação.
Ainda assim, vale a pena relembrar dada a pertinência e atualidade do assunto, os ideais de abril, a Grândola Vila Morena, os cravos vermelhos, o MFA e aquilo que vou ouvindo da boca dos mais jovens: "Portugal precisa de outro 25 de abril!", só tenho pena que alguns dos que dizem isto não conheçam o verdadeiro significado de abril e sejam os que pecam por excesso no exercício da sua liberdade.
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