O regresso de Sócrates no papel de comentador político foi em grande, graças à semana recheada em más notícias para o panoramo político português. Sócrates certamente que agradece a moção de censura do PS, a demissão de Miguel Relvas, o chumbo de quatro medidas do orçamento por parte do Tribunal Constitucional (a "cereja no topo do bolo" para o nosso novo comentador político) e ainda a comunicação do Primeiro Ministro ao país que foi para Sócrates o motivo que precisava para mandar Passos Coelho "estudar" a Constituição.
Não vou aqui fazer uma elencagem das ideias apresentadas pelo novo comentador da RTP, até porque acredito que nos próximos dias o essencial da opinião de Sócrates seja visto e revisto, como é costume no jornalismo televisivo.
O que quero, efetivamente realçar é a ajuda que José Sócrates está a dar a António José Seguro, seu camarada. Sócrates faz clara e inequivocamente OPOSIÇÃO, não faz ou dá opinião.
Parece-me que Sócrates tem muita dificuldade (intencional!) em conseguir desvincular-se da sua condição política, de oposição ao governo, e cada vez faz mais sentido a tese de que Sócrates veio para ajustar contas, veio mesmo. Sócrates para além de ver as suas contas ajustadas faz o papel de Seguro com distinção, até porque o primeiro a comentar a comunicação de Passos Coelho, por parte do maior partido da oposição, quem foi? Sócrates, pois claro! Seguro, como sempre só falará amanhã...
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