domingo, 14 de abril de 2013

Morango ou mentol?

 
Novamente as artes plásticas são tema de escrita para mim. Não me quero tornar maçadora com a recorrência do tema mas, tapetes cor de rosa feitos de pastilha elástica merecem que me estique, um bocadinho, nas palavras.
Os tapetes de pastilha eslástica, obra de João Pedro Vale datam já de 1999, mas por razões óbvias, têm de ser refeitos cada vez que são expostos. O mais recente está patente no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais em Bragança e muito tiveram que mascar 200 crianças para se conseguir a obra com cheiro a morango.
Ora, eu aprecio arte, muito! Aprecio arte contemporânea, muito mesmo! Aprecio arte conceptual, bastante! Até acho que sou bastante opend mind em relação a estes assuntos, mas não consigo perceber o interesse destas peças de tapeçaria, e não aprecio, nada! Mesmo! E passo a explicar porquê.
1. Não me parece pedagógico pedir a crianças que masquem pastilhas elásticas em série, como se não houvesse amanhã;
2. Acho o resultado muito pouco higiénico, quase que se trata de uma linha de produção de saliva;
3. As consultas no dentista por causa de cáries são pesadas para os orçamentos familiares (o que vale são os cheques-dentista e a generosidade do nosso governo!); 
4.Um tapete com cheiro não traz mais valia nenhuma, ainda que cheire a morango. Até porque das duas uma: ou enjoamos o cheiro, ou dá-nos vontade de comer o tapete, o que não me parece de todo a melhor solução nem a mais razoável;
5. E afinal de contas, o que temos é um tapete colado com saliva.
Com isto tudo, o melhor é ir mascar uma pastilha de mentol, é mais fresca, menos doce e por picar na língua vai-me tirar a vontade de falar! Por agora!

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