A letargia que me assolou durante o início da tarde foi heroicamente vencida por um café. Com tal benefício, não podia deixar de escrever umas linhas sobre o arbusto rubiáceo que produz os grãos de café lá para as regiões tropicais.
O consumo de café está fortemente enraízado em Portugal, estima-se que tenha chegado a terras lusas, nomeadamente à corte e burgesia, por volta do século XVII oriundo das roças de café do Brasil. Ao que parece este "digestivo" foi muito bem recebido em Portugal tendo mesmo o (re)construtor Marquês de Pombal impulsionado a abertura dos primeiros cafés pela capital, sendo por isso locais de interesse público pois aí fomentava-se o diálogo, a tertúlia, as opiniões e a discussão de ideias.
Ainda hoje, prevalece esta ideia de que por detrás de um café está subjacente o convívio social e um hábito cultural. Partilho inteiramente deste princípio, um café justifica sempre o sair de casa um bocadinho, um encontro, dois dedos de conversa, uma pausa no trabalho e até um momento de degustação para os verdadeiros apreciadores. Aprecio esta versão!
Mas outras mais valias enriquecem estes grãos e justificam o seu consumo, tais como a energia que me dá pela manhã e me faz acordar, encefalicamente falando ou ainda o poder de me tirar uma dor de cabeça, não falando obviamente, da sua natureza diurética e dietética. Sim, o café reduz o apetite, o que para uma mulher que vê a praia avizinhar-se a passos largos e está a meio da operação biquini é uma excelente notícia que dá direito a comemoração...com quê?
Não será a resposta evidente? Com um cafézinho, que mais podia ser!
Ah! Já me esquecia, como hoje é o Dia Internacional dos Museus, aqui vai uma sugestão: que tal uma visita ao Museu do Café em Campo Maior, o único museu da Península Ibérica, na categoria Café. Não, não tenho patrocínio ou comissão de nenhuma empresa do ramo lá para o distrito de Portalegre!
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