sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O respeito pelo Fim.

Numa sociedade marcadamente materialista, consumista, fashionista e outros "istas", penso muitas vezes que o espaço e tempo para manifestações de respeito, afeto e silêncio é cada vez menor. Hoje pude concluir que nem sempre assim é, feliz ou infelizmente!
Hoje pela manhã apercebi-me de algo diferente no meu local de trabalho. Normalmente, à hora de início de mais um dia de trabalho, o barulho, agitação, movimento e tráfego humano é considerável, sendo constantes os meus pedidos de "dá-me licença?". Hoje esse mesmo local estava repleto de silêncio e de uma estranha quietude, que não é própria de jovens adolescentes em véspera de fim de semana. A justificação é tenebrosa. A finitude, o fim do tempo de alguém é tenebroso, aterrador e simplesmente triste... muito triste para jovens que diariamente mostram a sua rebeldia, teimosia, os seus excessos, o gosto por quebrar regras e que, saudavelmente, não questionam nem consideram no seu horizonte vivencial uma juventude interrompida.
Hoje o dia foi de obediência e de exemplo por parte daqueles jovens que souberam ser e souberam estar!
Hoje o dia foi de silêncio!
Hoje o dia foi de pesar!
Hoje o dia foi de sentimento!
Hoje o dia foi de um extremo respeito pelo Fim.

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