sexta-feira, 10 de maio de 2013

Bons alunos arreliados

 
Cumpriu-se hoje a segunda etapa de exames para os meninos do 4ºano do 1ºciclo do Ensino Básico. Hoje foi a vez do exame de Matemática, o calcanhar de Aquiles para muitos e piece of cake para outros.
Não vou fazer nenhuma análise científica ou meramente opinativa sobre o grau de dificuldade, exigência, adequação aos conteúdos programáticos, etc., etc., etc., do exame de Matemática, até porque a minha legitimidade para tal é muito diminuta. Apenas faço uma constatação, baseada na minha experiência empírica, sobre o efeito do exame nos bons alunos.
 
Não, não vou falar de traumas e possíveis perturbações da personalidade adulta em virtude do exame, também neste campo a minha legitimidade é praticamente nula.
O que constatei é que felizmente, ainda há meninos que levam a escola a sério, que ficam tristes com os maus resultados, que não gostam de errar as contas, que choram porque o exame não lhes correu como desejavam, que ficaram arreliados porque não vão ter tudo certo...acham que erraram uma perguntita e por isso... já não vou ter a melhor nota!Oh!!!! 
 
Não, também não estou a defender que a escola deve ser uma espécie de martirização das crianças(ainda que ache que a pedagogia pelo jogo e com carácter lúdico, não é, absolutamente, eficaz!), apenas defendo que os bons alunos (subentenda-se empenhados, esforçados e responsáveis) mostram nestas alturas que a escola e a aprendizagem não se resumem a um faz de conta, a uma fábula encantada, a uma mochila da Hello Kitty, a um estojo do Faísca Mcqueen, ou (mais jurássico),a um jogo da macaca. Respeitam-a.
 
Há lá coisa melhor numa sociedade? 

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