quarta-feira, 10 de abril de 2013

Os buracos do meu dia


Bem cedinho, mal acabo de por o pé fora da porta logo o meu consciente começa com uma torturazita, pois vai ser mais um dia a contribuir para o aumento do buraco do ozono. Ok! Desculpa atmosfera mas tenho mesmo que usar o automóvel... não tenho alternativa! Avanço para mais uma lambidela de asfalto e ao longo do meu percurso (longo), sou sobressaltada por bastos buracos na estrada que ao mesmo tempo que fazem tremer a voz da locutora da Comercial que anuncia mais um dia de qualquer coisa, também têm o dom de me fazer ouvir a minha limousine a queixar-se da sua cervical.
Manhã de trabalho!
E é através de um soberbo buraco feito por um profissional alargador na orelha de um aluno que consigo ver o colega da mesa detrás a manusear o seu material escolar preferido, o telemóvel. Apesar da dimensão do dito buraco ser considerável, não foi suficiente para esconder uma cara laroca em completa desatenção.
Intervalo para café e o embate contra uma cadeira foi inevitável, resultado: um buraco nos collants. Não há nada pior na vida de uma mulher que andar com as meias rotas, até porque andamos sempre a justificar o malfadado buraco com receio de nos acharem umas desleixadas.
As notícias à hora de almoço reforçam mais uma vez, a existência de não sei quantos buracos financeiros aqui e acolá naquela e na outra instituição, ministério, organização, constituição...e outros aõs...como por exemplo, o buraco nas terras de Marvão.
 
Perante este cenário esburacado penso que deve ser mais fácil meter a cabeça num buraco como a avestruz do que chegar a casa.

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