segunda-feira, 29 de abril de 2013

Está lá?

 
As conversas que tenho durante a hora de almoço são, na maioria dos casos sobre banalidades e lugares comuns. Hoje foi mais uma dessas (in)frutíferas conversas...falava-se de telemóveis, o inimigo número um dos professores e número dois dos pais, logo a seguir ao computador e antes da PSP.
Ora, voltando então à conversa da hora de almoço, alguém defendia que o telemóvel é um bem indispensável, de primeira necessidade e que faz muita falta, quase tanta como o pão na mesa. Acrescentava que o seu filho estava sem telemóvel por castigo imposto, pois tinha sido a forma de punição que mais o lesava, contudo ponderava a gravidade da pena pois sem esse meio de comunicação, tinha mais dificuldade em controlar o miúdo.
Controlo foi para mim  a palavra chave nesta conversa. O telemóvel é essencialmente uma forma de controlo das pessoas. Antigamente, quando só se tinha o telefone fixo iniciava-se a conversação com o Está lá? É o xxxx? Sou eu, o yyyyy. Está tudo bem? Hoje, com o telemóvel, inicia-se a conversação com o Sou eu (o nome já aparece no visor). Onde é que estás? Repare-se nas diferenças e tire-se as conclusões!
Não nego a importância do telemóvel, mas antes da sua existência as pessos não deixavam de se encontrar, de falar, de conviver...acho que seríamos muito mais felizes sem telemóvel e não estaríamos sempre a sentir a pressão de que "já estou atrasada, tenho que ligar a avisar..." ou "porque é que não atende o telemóvel! Será que aconteceu alguma coisa?" ou ainda "fiquei sem bateria...e agora? Não gosto de estar sem telemóvel!" Será que não?
 

4 comentários:

  1. Concordo plenamente. O telemóvel é uma forma de manter as pessoas controladas, e assim lá se vai a liberdade de cada um.
    Gosto das coisas que escreve e aconselho a continuar porque eu vou andar por aqui a cuscar :)
    Beijinhos da Rita :) (ex aluna sua à 4 anos mais ou menos)

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  2. *há
    Ehehe desculpe o erro :)

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  3. Olá Rita!
    Antes de mais muito obrigada por "me ler" e espero continuar a ir ao encontro dos seus gostos na "leitura".
    Desculpe a pergunta: Foi minha aluna em que escola? Não me leve a mal, não a identificar de imediato.

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